Por Carlos Lima
No corpo humano, ocorrem milhares de reacções químicas, necessárias à vida. Para que essas reacções aconteçam, é necessária energia, bem como uma gama variada de produtos, obtidos através do ar e da ingestão de alimentos.
Os alimentos sofrem diversas transformações, até que o organismo lhes retire os nutrientes de que necessita para o crescimento e a reparação das diversas estruturas corporais e para manter as células e os órgãos vitais em funcionamento.
Os nutrientes podem ser agrupados de acordo com as características que partilham. Os principais grupos são seis: os hidratos de carbono, ou açúcares; os lípidos, ou gorduras; as proteínas; os minerais; as vitaminas; e a água.
A água representa mais de 70% do nosso corpo e desempenha várias funções: serve de solvente e permite o transporte dos elementos em suspensão, quer no sangue, quer na linfa, quer no líquido cefalorraquidiano, quer noutros líquidos corporais; participa em praticamente todas as reacções do corpo; funciona como lubrificante; ajuda a arrefecer o corpo; e é fundamental na regulação da temperatura corporal.
Os hidratos de carbono, ou açúcares, são a fonte de energia preferencial do corpo. Cada grama de hidratos de carbono fornece quatro quilocalorias. O destino da glicose depende das necessidades do organismo. Se está a ser precisa, ela é consumida pela actividade das células; se não é necessária, é acumulada na célula, convertendo-a numa célula de gordura, ou seja, reserva de energia para utilizar mais tarde.
Os lípidos, ou gordura, são a segunda fonte de energia do organismo; apesar de fornecerem mais energia por grama do que os hidratos de carbono — nove quilocalorias por grama — sofrem uma maior transformação e geram mais produtos residuais. São também utilizados como moléculas estruturais da membrana das células, em geral, e das células nervosas, em particular, pelo seu efeito isolante, permitindo uma maior velocidade de condução do impulso nervoso. Servem como isolante regulador da temperatura corporal. Se os triglicerídeos não são necessários de imediato, acumulam-se como reserva no tecido adiposo e no fígado.
As proteínas têm como principal função a formação e reparação dos tecidos do corpo. Durante a digestão, as proteínas ingeridas são degradadas nos seus componentes, os ácidos aminados. Os ácidos aminados são aproveitados pelo organismo para a síntese de novas proteínas necessárias ao corpo. As proteínas estão presentes em praticamente todas as estruturas do organismo, pois fazem parte integrante da célula humana. Podem ser utilizadas como fonte de energia, mas este recurso tem custos elevados, quer devido à destruição das estruturas do organismo (por exemplo, o músculo), quer pela quantidade de resíduos que produz.
As vitaminas são necessárias em pequenas quantidades e regulam os processos fisiológicos, funcionando como coenzimas, ou seja, como iniciadoras ou catalisadoras de algumas reacções do organismo. A maioria das vitaminas não pode ser sintetizada pelo corpo, pelo que tem de ser fornecida pela alimentação. Na sua absorção intestinal, as vitaminas dependem das gorduras (vitaminas lipossolúveis) e da água (vitaminas hidrossolúveis).
Os minerais são substâncias inorgânicas e constituem cerca de 4% do peso corporal. Estão presentes em diversas estruturas, mas em maior concentração no osso [1]. Podem ser agrupados em macrominerais (de que são exemplo o cálcio, o fósforo, o sódio, o potássio, o cloro, o magnésio e o enxofre), porque é necessário que a dieta forneça mais de 100 mg por dia; e microminerais (de que são exemplo o ferro, o iodo, o zinco, o cobre e o flúor), em que a quantidade necessária é inferior a 100 mg diários.
Para o fornecimento de todos estes nutrientes nas quantidades adequadas, podemos recorrer à roda dos alimentos, que nos sugere uma alimentação rica, equilibrada e diversificada, promovendo e estimulando uma vida saudável.
Saúde!
12 comentários a “Os nutrientes”
[…] proteínas são nutrientes [7] na alimentação. Após a sua ingestão, são degradadas e separadas nos respectivos ácidos […]
[…] com a importância que as gorduras têm na absorção de muitas vitaminas e doutros nutrientes [4], o aumento progressivo das gorduras no leite materno vai suprir essas necessidades a partir do […]
[…] iguais na forma como digerimos e absorvemos os alimentos e como metabolizamos os seus nutrientes [5]. Uns há que comem pouco e esse pouco basta para engordarem; e outros são ao contrário: por mais […]
[…] da digestão e do funcionamento do organismo. Na digestão, ajuda a decompor os nutrientes [4] em partículas mais pequenas, por acção mecânica; ajuda o estômago [5] e os intestinos [6] a […]
[…] extrema importância, sendo que assegura a nossa sobrevivência, fornece a energia e os nutrientes [1] de que o nosso organismo necessita, contribui para a manutenção dum correcto estado de saúde […]
[…] um conjunto de barreiras, até chegarem às células [1]. Passadas essas barreiras, os nutrientes [2] sofrem novas transformações, para fornecer energia ao corpo e para a produção de novas […]
[…] fontes de produção de calor são a actividade celular, no aproveitamento que faz dos nutrientes [1] e do oxigénio, com a ajuda de enzimas [2] e de hormonas [3]; a ingestão de alimentos, pois […]
[…] [4], etc.; isso deve-se às transformações que ocorrem nos átomos que constituem os nutrientes [5]. Acontece que, na maior parte das vezes, os nutrientes não possuem um só tipo de elementos, mas […]
[…] [4], de forma a completar a degradação e a transformação dos alimentos em nutrientes [5], passíveis de serem absorvidos pelo intestino […]
[…] evitar totalmente qualquer classe, com o inevitável aporte deficitário de macro e micronutrientes [9]. Como diria Paracelso, «sola dosis facit venenum», ou seja, a dose faz o […]
[…] A necessidade de nutrientes [1] não é igual ao longo da vida, pelo que a Filipa Moura, a Maria Mota, a Nicole Campos e a Soraia […]
[…] de líquidos, mas também a reposição alimentar adequada (de forma a fornecer os nutrientes [11] necessários para o controlo dos líquidos corporais), a gestão dos tempos de exposição solar […]