Por Carlos Lima
O cálcio é o sal mineral [1] mais abundante do corpo humano, correspondendo a mais de 1,5% do peso corporal. Contribui para a rigidez dos ossos [2] e dos dentes [3] e participa em muitos processos corporais, tais como a coagulação sanguínea [4], a contracção muscular [5], a neurotransmissão (ou seja, a passagem do impulso nervoso duma célula nervosa para outra) [6] e a formação óssea.
O cálcio existe em diversas estruturas corporais, mas é no sangue [7] e no osso [2] que se encontra em maior quantidade. As hormonas da paratiróide [8] regulam a libertação de cálcio do osso para o sangue e a calcitonina, produzida pela tiróide [9], regula a reabsorção pelo osso, ou seja, leva o cálcio de volta ao tecido ósseo, pelo que favorece a sua formação.
Para que se dê uma boa absorção intestinal do cálcio presente nos alimentos, é necessária a presença de vitamina D e de magnésio. No organismo, o cálcio aparece associado ao fósforo e o aumento dum condiciona a diminuição do outro.
A eliminação renal é gerida pelas hormonas. Pode, no entanto, haver perdas excessivas, que levam à formação de cálculos renais, que são essencialmente compostos por oxalato de cálcio.
A falta de cálcio no sangue, ou hipocalcemia, pode dar origem a perda de sensibilidade e formigueiro nos dedos, cãibras musculares e convulsões. Se a falta de cálcio se prolongar por muito tempo, desenvolvem-se descalcificações ósseas que conduzem à osteoporose [10].
O excesso de cálcio, ou hipercalcemia, pode levar a fraqueza corporal, falta de apetite, náuseas e vómitos, comichão, dores ósseas e mesmo coma.
As necessidades de ingestão de cálcio aumentam com a idade. Depois duma fase em que o desenvolvimento da criança é muito rápido e a formação óssea é exigente, é a partir dos 35 anos, para a mulher principalmente (com a diminuição das hormonas sexuais e reprodutivas, como os estrogénios [11]), que o aumento da ingestão é necessário, para prevenir a osteoporose. Nos homens, esse processo é mais evidente a partir dos sessenta anos.
Existem alguns alimentos ricos em cálcio, sendo que o que mais facilmente é absorvido é o de origem animal, mas o consumo excessivo de proteínas diminui a absorção intestinal. Por isso, o equilíbrio entre os produtos de origem animal e vegetal é importante. As sementes de sésamo, a soja, a sardinha, os legumes com folha verde escuro, o leite e seus derivados e o grão-de-bico são alguns exemplos de alimentos ricos em cálcio.
A forma como os alimentos são cozinhados tem muita importância. Por exemplo, cozinhar legumes em água, sem aproveitar esta, perde 70% do cálcio. Cozinhar os legumes a vapor perde apenas 25%.
Algumas águas são ricas em cálcio, outras nem tanto. No caso de consumir água de garrafa, verifique a quantidade de cálcio que essa água contém. O cálcio aparece descrito como Ca2+.
Se tem uma alimentação variada e equilibrada e se pratica exercício regular, a utilização de suplementos ricos em cálcio não é necessária. No caso de ter dúvidas, consulte os seus técnicos de saúde, pois os riscos do excesso são tão graves quanto a sua falta.
Saúde!
6 comentários a “O cálcio”
[…] da glicose [4] e para a transmissão do impulso nervoso; regula a função do cálcio [5] ao nível da contracção cardíaca e ao nível da contracção muscular, prevenindo as tão […]
[…] da paratiróide estimulam o osso a libertar fosfato de cálcio e assim subir o fosfato e o cálcio [9] no sangue. A calcitonina produz o efeito contrário, depositando os fosfatos de cálcio no […]
[…] a sua instabilidade, o flúor aparece sempre associado a outros minerais [6], tais como o cálcio [7] (daí presença no osso e no dente), o sódio [8] e o […]
[…] que exista contracção, é necessária a presença de iões de cálcio [10] e energia. Perante a existência do impulso, o cálcio entra na célula muscular e o impulso […]
[…] nutrientes essenciais são: zinco [2], cálcio [3], fibras, potássio [4], ómega-3, vitamina D, vitamina C, vitaminas do complexo B e água […]
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