Por Gustavo Martins-Coelho
A minha história na blogosfera começou em Março de 2003, com um blogue chamado «O Muro das Lamentações». Esse blogue começou por ser o repositório dalgumas impressões pessoais sobre diversos temas, algumas das quais estão reeditadas ou actualizadas na «Rua da Constituição».
Entretanto, o papel do «Muro…» foi evoluindo: a partir de 2006, passou também a ser uma espécie de diário pessoal, onde verti certos pensamentos, ideias, frases… Progressivamente, fui-lhe acrescentando música, fotografias, etc.
Em 2007, criei um fórum, a «Ágora Lusitana», para onde transferi a parte «séria» do «Muro das Lamentações», restando neste a parte mais pessoal e informal. A ideia, nessa altura, era fazer da «Ágora…» um ponto de debate político e deixar no «Muro…» a súmula da minha opinião, incluindo as contribuições para a sua construção recebidas nesses debates. A prática não resultou como idealizado e quer o blogue quer o fórum acabaram por cair um pouco no esquecimento. Ainda assim, o «Muro das Lamentações» manteve-se activo até Fevereiro de 2010.
Durante algum tempo, tive um outro blogue, o «Blogue do Domingo», que assumiu a função inicial do «Muro…» como repositório de opiniões a respeito de certos tópicos que suscitaram o meu interesse; foi, contudo, uma curta experiência de poucos meses.
A «Rua da Constituição» é a digna herdeira do «Muro das Lamentações» e do «Blogue do Domingo». Como já referi, alguns dos textos originalmente publicados nesses dois blogues estão reproduzidos neste, outros servem de base a versões mais completas ou actuais aqui publicadas.
Em jeito de aviso, concluo notando que a «Rua da Constituição» não tem preocupações de nenhuma índole, para além de honestidade intelectual, mesmo que esse desprendimento possa implicar alguma falta de correcção política. O objectivo principal é suscitar o debate, pelo que comentários conducentes a uma discussão profícua de ideias são bem-vindos. Outro género de comentários, em princípio, é dispensável.
Em última análise, meço o sucesso da «Rua da Constituição» pela capacidade de me fazer, bem como aos leitores dos meus artigos, fechar a janela com o sentimento de que as suas e as minhas ideias já não são exactamente iguais às que tínhamos antes da sua passagem por aqui.
8 comentários a “Sobre a «Rua da Constituição»”
[…] referi na breve história do caminho que me trouxe até à «Rua da Constituição», esta é a digna herdeira dum outro […]
[…] no dia 8 de Agosto de 2012 que o manifesto da Rua da Constituição foi publicado, marcando o início deste blogue. Inicialmente um […]
[…] Constituição», mas o título sempre me agradou. À procura de respostas, fui reler atentamente o editorial que inaugurou este espaço e encontrei uma pista interessante que me faz supor que, embora nunca tenhamos trocado impressões […]
[…] li com atenção todos os comentários e, tal como escrevi no primeiro editorial, «as minhas ideias já não são exactamente iguais» às que tinha antes de lê-los, pelo que […]
[…] algures, algum leitor irá, certamente, indignar-se com o uso da palavra «preto». Já disse que não tenho preocupações em ser politicamente correcto. Mais uma vez, o que importa assinalar, no contexto em que tal palavra foi usada, é que, apesar do […]
[…] editorial é uma espécie de adenda à história da «Rua da Constituição». Além de ser «a digna herdeira do ‘Muro das Lamentações’ e do ‘Blogue do […]
[…] pertinente recuperar o nome «Ágora Lusitana» [3] para a coluna, que arranca, já hoje, com um artigo do Nuno Albuquerque Matos [4]. Nas próximas […]
[…] primeiro editorial — e primeiro artigo [1] — publicado na «Rua da Constituição» data de há precisamente sete […]