Por Carlos Lima
O intestino humano é constituído por duas grandes partes: o intestino delgado e o intestino grosso. Estes têm como principal função a digestão e, com ela, a absorção de praticamente todos os nutrientes de que o organismo precisa.
O intestino delgado mede cerca de 2,5 centímetros de diâmetro e três metros de comprimento na pessoa viva, e 6,5 metros no cadáver, pois relaxa e distende. A sua estrutura divide-se em três partes diferentes: o duodeno (logo a seguir ao estômago, com 25 cm de comprimento), o jejuno (que deriva de jejum, por ser encontrado vazio no cadáver, tendo cerca de um metro de comprimento) e o íleo (que é a porção mais longa, com dois metros de comprimento). Apesar da estrutura externa do intestino ter as medidas referidas, a camada mais interna (a mucosa intestinal) apresenta um conjunto de pregas e de pequenas estruturas (vilosidades e microvilosidades), que aumentam em aproximadamente seiscentas vezes a área de exposição e de absorção dos nutrientes. Cada vilosidade tem cerca de um milímetro de altura e é constituída por uma arteríola, uma vénula, uma rede capilar e um capilar linfático. Cada milímetro quadrado possui trinta a quarenta vilosidades e duzentos milhões de microvilosidades.
As glândulas intestinais segregam o suco intestinal, que, entre outras enzimas, contém lisozima, que mata as bactérias nocivas e ajuda a controlar as bactérias necessárias aos processos digestivos, em particular do intestino grosso. O suco intestinal ajuda na absorção dos nutrientes. Os movimentos do intestino delgado são de dois tipos: de segmentação e peristálticos. Os movimentos de segmentação são idênticos ao efeito de onda (vaivém) que acontece no estômago e servem para manter os nutrientes expostos durante mais tempo, quer para serem fragmentados em porções mais pequenas, quer para que se desenvolvam as reacções químicas necessárias à absorção. Os movimentos peristálticos empurram o conteúdo para a frente, ao longo do tubo digestivo; são muito mais lentos do que no esófago e no estômago.
O intestino grosso tem cerca 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Tem o aspecto duma sequência de pequenos sacos, chamados de sáculos do cólon ou haustros. É constituído pelo cego, pelo apêndice, pelo cólon ascendente, pelo cólon transverso, pelo cólon descendente, pelo cólon sigmóide e pelo recto. A parte externa do recto é chamada de ânus; tem um músculo esfíncter interno involuntário, que nos permite ter a sensação de ampola rectal cheia, e um esfíncter externo voluntário, que nos permite gerir o momento de defecar. No intestino grosso, a digestão ocorre essencialmente por acção bacteriana; 40% das fezes são bactérias. Elas fermentam os hidratos de carbono (açúcares) restantes e libertam hidrogénio, dióxido de carbono e gás metano. Também decompõem a bilirrubina e sintetizam as vitaminas B e K.
Os problemas mais comuns do intestino são: a diarreia, a obstipação ou intestino preso e a apendicite (que é uma inflamação do apêndice que exige intervenção cirúrgica para a sua remoção, conhecida como apendicectomia). Dependendo em muito dos hábitos de higiene e de saúde da pessoa, as parasitoses, como oxiúros e lombrigas, também estão na linha da frente.
Como é fácil de perceber, o intestino desempenha uma função vital no equilíbrio do organismo, equivalente à respiração. Está inserido no aparelho digestivo, que, como foi possível analisar, funciona como um todo, ainda que cada segmento desempenhe funções diferentes, para que o corpo humano tire o máximo proveito dos alimentos que ingere.
Coma bem, coma uma grande variedade de alimentos, faça várias refeições ao dia e bom proveito…
Saúde!
20 comentários a “O intestino”
[…] de entrada: boca [1], nariz [2], vagina, pénis, ânus e abdómen, ao longo de todo o intestino [3]; estão ausentes do sistema nervoso central (cérebro [4] e medula espinhal) e da medula óssea […]
[…] parte terminal do intestino grosso [1] é o canal anal. Situa-se na região pélvica e a sua abertura exterior é conhecida como […]
[…] da sínfise púbica (união anterior dos ossos da bacia) — no homem, logo anterior ao recto [1] e, na mulher, à frente da vagina e do […]
[…] útero situa-se na cavidade pélvica, logo por trás da bexiga [1], à frente do recto [2] e no fundo da vagina. Tem a forma duma pêra invertida e é sensivelmente do tamanho dum punho. É […]
[…] reveste as paredes das nossas estruturas ocas, como é o caso dos vasos sanguíneos, intestinos [4], estômago [5], bexiga [6] e uretra. Chama-se liso, pois não apresenta à visualização […]
[…] [2], do hipotálamo [3], dos ovários [4], dos testículos [5], do rim [6], do intestino delgado [7], da pele, do coração [8] e da placenta (durante a […]
[…] troca de substâncias do bebé para mãe — são os pulmões [2], os rins [3] e os intestinos [4] da mãe que expulsam o dióxido de carbono e os resíduos que o bebé produz, através da sua […]
[…] são degradadas e separadas nos respectivos aminoácidos, no estômago [4] e no intestino delgado [5]. Os aminoácidos são levados pela corrente sanguínea e pela linfa até ao fígado, onde alguns […]
[…] em grande parte, combinados sob a forma de compostos, mas só podem ser absorvidos pelo intestino [2] depois de devidamente digeridos e convertidos à sua forma […]
[…] [4] em partículas mais pequenas, por acção mecânica; ajuda o estômago [5] e os intestinos [6] a movimentar os alimentos; e intervém na absorção, por exemplo, das vitaminas hidrossolúveis. […]
[…] absorção do ferro é feita no intestino delgado [5], mais acentuadamente no duodeno, e apenas é absorvido 10 a 15 % do ferro presente nos alimentos. […]
[…] ossos atinge as cinco mil partes por milhão (ppm). É absorvido no estômago [4] e no intestino [5] e eliminado pela […]
[…] seres humanos. Está presente nos alimentos de origem animal e vegetal, é absorvido no intestino [1] e armazenado no fígado [2] e no rim [3]. Tem como principal função a óptima utilização do […]
[…] Assim sendo, a faringe faz simultaneamente parte do aparelho digestivo [2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10] e do aparelho respiratório [1, 11, […]
[…] molibdénio é absorvido no estômago [8] e no intestino delgado [9] e é eliminado do sangue [10] para a urina e para a […]
[…] pois, durante a digestão, a produção de calor no aparelho digestivo [4, 5, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12] é significativa, devido às inúmeras reacções que aí ocorrem; e o sistema muscular [13], […]
[…] álcool é absorvido no estômago e no intestino [4], mas a degradação é feita no fígado [5]. Quando há actividade física, as funções do fígado […]
[…] O seu trabalho é desenvolvido em conjunto com as enzimas, as hormonas, os sucos e os movimentos intestinais, de forma a completar a degradação e a transformação dos alimentos em nutrientes capazes de serem absorvidos pelo intestino [2]. […]
[…] um composto orgânico presente no sangue [4], intestinos [5], plaquetas [6] e cérebro [7]. Também está presente nos animais e é incluido em venenos como o […]
[…] as crianças têm lactase no seu tubo digestivo [13], pois precisam dela para digerir o leite materno, mas, como a evolução tende a fazer os […]